O Ministério Público Federal em Goiás denunciou uma pastora
evangélica de Goiânia por submeter uma criança indígena de 11 anos a
condição análoga à escravidão. A criança, que é de uma aldeia em Barra
das Garças (MT) e foi para Goiânia para um tratamento médico, teria sido
forçada a fazer trabalhos domésticos na residência da pastora entre
maio de 2009 e novembro de 2010.
Segundo a denúncia do MP, o pai da criança foi até a igreja em busca
de ajuda material e aconselhamento religioso. Foi quando a jovem índia
foi entregue aos cuidados da pastora. De acordo com a ação, a menina era
obrigada a tarefas como limpar o banheiro e o chão da casa da
religiosa, além de lavar louça e cuidar das roupas da pastora. Havia
ameaça de castigos, e a indígena também foi forçada a distribuir
panfletos da igreja, denuncia o documento, assinado pelo procurador
Daniel de Resende Salgado.
“Aproveitando-se de sua pobreza e necessidade, submeteu-a, com
vontade livre e consciente, a exaustivos e penosos serviços domésticos
de natureza contínua, explorando-a”, diz o texto. O texto afirma também
que a pastora usava termos pejorativos, como “mucama”, para ofender a
menina. Os maus tratos teriam sido descobertos pelos professores da
escola onde a menina estudava, que constataram hematomas e perceberam
que a criança estava sempre indisposta e cansada. Caso constatada a
escravidão, a pena pode chegar a 16 anos de prisão.
Com informações da Folha de S. Paulo
Fonte: Sul 21
art.5º Constituição Federal
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